O Conselho Federal de Medicina(CFM) e quem determina as regras e estas regras são bastante recentes, de setembro de 2023.

A imagem do paciente pode ser usada nas mídias sociais mas, com limites. Deve ter caráter educativo e obedecer os seguintes critérios: “O material deve estar relacionado à especialidade do médico e a foto deve vir acompanhada de texto educativo, contendo as indicações terapêuticas e fatores que possam influenciar negativamente o resultado.

A imagem também não pode ser manipulada ou melhorada e o paciente não pode ser identificado e deve ter autorização do paciente para publicar. 

Demonstrações de antes e depois devem ser apresentadas em conjunto com imagens contendo indicações, evoluções satisfatórias, insatisfatórias e possíveis complicações decorrentes da intervenção.”

Quanto aos depoimentos dos pacientes o médico pode postar, em suas redes sociais esses elogios e depoimentos. “A única observação é a de que o depoimento seja sóbrio, sem adjetivos que denotem superioridade ou induzam a promessa de resultados”.

O médico deve obter do paciente a autorização para publicação. A imagem deve garantir o anonimato do paciente, mesmo que este tenha autorizado o uso, e respeitar seu pudor e privacidade.

A  captura de imagens por terceiros é autorizada apenas para os partos. Não podem ser filmados por terceiros outros procedimentos médicos, como por exemplo as consultas. “O nascimento é um momento sublime, daí porque é permitido a filmagem e fotos.”

Não é permitido o médico ensinar a sua profissão a outros profissionais, para não por em risco a saúde das pessoas. Afinal, as pessoas quando estão doentes querem ser atendidas por profissionais qualificados e não por pessoas treinadas que normalmente se servem de interesse para terceiros.

Selfies são permitidas, desde que não tenham características de sensacionalismo.

O médico poderá ser punido caso, por exemplo, fique constatado que usou de um influenciador social para fazer elogios sistemáticos.

Finalmente, o CFM ensina que o médico tem liberdade para divulgar seu trabalho, mas com responsabilidade e sem sensacionalismo”, diz.